As fake news são uma das maiores causas do fenômeno de desinformação que vivemos, hoje, na internet. Notícias falsas são perigosas, já que podem resultar em calúnia e difamação, linchamentos e até mortes, principalmente quando relacionadas a questões de saúde, como os falsos tratamentos para a Covid-19, por exemplo.
As redes sociais são fatores cruciais nesse cenário, pois são os principais canais de divulgação de informações falsas e manipuladas. Por isso, é fundamental que os usuários das redes estejam atentos aos riscos e não compartilhem conteúdos de origem duvidosa. Mas vale lembrar que a responsabilidade não é só de quem compartilha.
A cobrança para que as empresas por trás das redes sociais também tomem atitudes é cada vez maior. Nos últimos anos, ficou claro que elas têm um papel de mediação fundamental para garantir ambientes seguros, que não sejam utilizados como ferramentas para manipular a opinião pública.
Por isso, as redes sociais têm adotado medidas para checar a veracidade dos conteúdos divulgados nas plataformas e frear o compartilhamento em massa de informações duvidosas.
Neste artigo, você vai conferir o que Facebook, Instagram e WhatsApp têm feito para contribuir no combate às fake news! Também separamos dicas de fontes confiáveis de informações e sites de checagem de fatos para você recorrer quando receber algum conteúdo suspeito.
Veja as ações das redes sociais no combate às fake news
Facebook
A maior rede social do mundo começou a adotar medidas de combate às notícias falsas em 2018. O Facebook fez parcerias com agências de checagem de fatos para a verificação dos conteúdos veiculados e começou a investigar e remover contas falsas da plataforma.
São mais de um bilhão de publicações no Facebook por dia. É um volume grande demais para ser completamente checado pelo método jornalístico de fact-checking. Por isso, o Facebook adota também ferramentas de machine learning para identificação automática de conteúdos duplicados ou replicados que já foram identificados como falsos. Quando uma página disseminadora de conteúdos falsos é identificada, seu alcance orgânico é automaticamente reduzido, como penalização.
Usuários também são notificados quando tentam compartilhar um conteúdo possivelmente falso, que foi checado pelas agências parceiras. A verificação poderá ser associada à publicação original e aparecer no feed por meio do recurso “Artigos Relacionados”.
Pessoas que engajarem com publicações contendo informações erradas, por exemplo, serão direcionadas para o site da Organização Mundial da Saúde (OMS). Outra atualização é o recurso Get the Facts (Saiba os fatos, em inglês), uma seção de notícias verificadas sobre a pandemia.
Em junho de 2020, o Facebook também incorporou um aviso ao lado de posts que compartilharem notícias publicadas há mais de 90 dias, para evitar que notícias desatualizadas sejam confundidas com informações atuais. A empresa planeja lançar ainda um botão de “contexto”, que vai oferecer ao usuário uma contextualização dos fatos da notícia compartilhada no feed.
A rede social de Mark Zuckerberg também tem o Facebook Journalism Project, uma iniciativa da empresa para estreitar laços com empresas de mídia, melhorando o engajamento com conteúdos noticiosos na rede.
Facebook é alvo de críticas e boicotes
A partir de 2018, as atualizações para combater a desinformação no Facebook têm sido constantes, já que a plataforma é alvo de críticas e boicotes, desde 2017, por não moderar de forma adequada os conteúdos falsos e preconceituosos divulgados pelos usuários da rede.
As empresas alegam que não querem financiar plataformas que contribuem para a disseminação de conteúdos danosos e discursos de ódio. De fato, associar um negócio a um conteúdo indesejado pode ser danoso para a marca.
Neste outro artigo no nosso blog, você confere as dicas do nosso especialista de mídia e performance para fazer anúncios na web garantindo a segurança da marca. Você também pode tirar suas dúvidas sobre links patrocinados na web no nosso canal no YouTube:
Além disso, o conteúdo também é sinalizado para que as pessoas saibam que não devem confiar naquela informação.
WhatsApp
Em agosto de 2020, o WhatsApp lançou um novo recurso para combater o espalhamento de notícias falsas no aplicativo. As mensagens consideradas suspeitas de conter informações falsas vão aparecer acompanhadas de um ícone de lupa. O botão sugere uma pesquisa sobre o assunto na internet. Ao clicar na lupa, o usuário é direcionado para uma pesquisa automática no Google do conteúdo da mensagem.
O WhatsApp tem criptografia de ponta-a-ponta. Isso significa que o servidor não tem acesso ao conteúdo das mensagens enviadas pelo aplicativo. Por isso, para identificar mensagens suspeitas, o critério é a forma de envio daquele link. Caso o usuário envie o mesmo link para várias pessoas diferentes ao mesmo tempo, o botão da lupa entra em ação.
Anteriormente, o WhatsApp já havia tomado outras medidas para reduzir o potencial de divulgação de notícias falsas no aplicativo. Em janeiro de 2019, foi estipulado um limite para o encaminhamento de mensagens.
Usuários só poderiam encaminhar um conteúdo recebido para outros contatos para até 5 conversas de uma vez. Em abril de 2020, com a propagação de conteúdos falsos sobre o coronavírus, esse limite passou a ser ainda mais restrito. Agora, caso a mensagem encaminhada não tenha sido criada pela pessoa que enviou, ela só pode ser encaminhada para mais uma conversa por vez.
“Temos visto um aumento significante na quantidade de mensagens encaminhadas que, de acordo com nossos usuários, podem contribuir para a disseminação de boatos e informações falsas. Acreditamos que é importante desacelerar a disseminação de mensagens encaminhadas para que o WhatsApp continue sendo um espaço seguro para conversas pessoais.” – Comunicado oficial do WhatsApp no blog do aplicativo
Veja sites para verificar notícias
Como afirmado pela equipe do próprio WhatsApp, a função do aplicativo é ser um espaço para conversas pessoais. Ele é uma plataforma de mensagens, e não uma fonte de notícias. Na hora de se informar, procure sites que forneçam informação de qualidade.
Para consumir conteúdo confiável, você pode visitar sites oficiais do governo federal, estadual ou municipal, ou de outras instituições reconhecidas nacional e internacionalmente, como Receita Federal, Tribunal de Justiça, Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial da Saúde (OMS).
Outra dica é procurar pelo selo do Instituto Poynter, uma escola de jornalismo e organização de pesquisa sem fins lucrativos. Ela concede a certificação IFCN, que garante que aquele veículo segue todos os padrões e normas de divulgação de notícias estabelecidas pela rede.
Vale também acompanhar sites que trabalham com a checagem de fatos, ou fact-checking.
“A checagem de fatos é um método jornalístico por meio do qual é possível certificar se a informação apurada foi obtida por meio de fontes confiáveis e, então, avaliar se é verdadeira ou falsa, se é sustentável ou não.” – Aos Fatos
Essa prática ganhou mais destaque nos últimos anos, principalmente em momentos de eleições, na hora de desmentir informações falsas usadas por candidatos em propaganda eleitoral. Existem plataformas independentes de checagem de fatos, outras são ligadas a veículos de mídia e até órgãos do Governo têm suas próprias equipes de checagem.
Conheça alguns dos sites brasileiros que você pode consultar quando duvidar de algum conteúdo na internet:
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