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Um desafio que recebemos com crescente frequência no escritório é a criação de um nome para o negócio, processo ao qual damos o nome de Naming. Em geral, os clientes chegam até nós após um árduo período tentando definir o nome sozinhos, mas sem a certeza de ter encontrado uma opção segura. Em casos extremos, nos apresentam um nome muito genérico para teste, que não tem viabilidade do ponto de vista legal.

Então, como avaliar se a minha ideia de nome é boa?

Há diversos aspectos a considerar na hora de definir um nome para a empresa ou produto. Esse processo deve ser conduzido com muito cuidado, afinal o custo de mudança de um nome escolhido erradamente pode ser altíssimo. Por outro lado, há que se aceitar que não existe nome certo, e que a escolha do nome não pode ser a única responsável pelo sucesso da empresa. Pense, por exemplo, se “Maçã Computadores” (Apple) tem alguma relação com tecnologia, ou se “McDonalds” te dá fome.

Por isso, resolvemos listar aqui algumas dicas para você fazer um diagnóstico da qualidade do seu nome.

O seu nome é viável?

Se você escolher um nome que outra empresa já estabeleceu e registrou, ainda que ela não o esteja utilizando, corre sérios riscos. Se a outra empresa não realizou os registros legais, mas é notória, você corre riscos um pouco menores, mas ainda assim significantes. A consulta mais importante deve ser feita no INPI. Em segundo lugar, é sempre importante pensar em qual domínio na internet a sua empresa vai ocupar – de preferência um.com.br fácil, embora existam outras opções interessantes no mercado de domínios.

Qual a relação dele com o negócio?

Em geral, bons nomes não precisam explicar o que o produto faz. Mas é melhor quando o nome tem uma história por trás – por exemplo, o nome do fundador, quando este tem uma história de vida muito ligada ao produto. Ou uma ligação conceitual – pegue o exemplo da Confere, nome criado pela Calebe Design para uma empresa de manutenção preventiva. Ou Kino (sufixo de movimento, em alemão), para falar de uma empresa de contabilidade totalmente digital e com uma agilidade sem precedentes. Ou Kuya, um hotel-fazenda que tinha historicamente uma linda plantação de maracujás doces (mara-kuya em tupi guarani).

O importante, nestes casos, é que o nome estabelece alguma conexão com o produto, seja ela física, objetiva, sensorial ou mesmo ideológica.

Como soa seu naming?

A fonética é sempre um fator a se considerar. Fonemas com a vogal “i” tendem a soar como empresas menores.

Os  fonemas com “s” dão sensação de velocidade, e com “t”, “k” ou “p”, de objetividade e pausa. Aqueles como “ão” e “ó” não fazem parte da língua inglesa e serão de difícil pronúncia pelo público gringo.

Pense na pronúncia do seu nome, e quais públicos, nacionais ou internacionais, deverão conseguir pronunciá-la da mesma forma. Existe confusão?

Um de nossos clientes relatava frequentes problemas de pronúncia com o seu antigo nome “E-Vending” – alguns pronunciavam “É-vending” e outros “I-vending”, causando, confusão na escrita. Esse foi um dos motivos que os levaram a criar a CaféBom. E por falar em escrita…

É fácil de falar e de escrever?

Se alguém disser o nome da sua empresa pelo telefone, a pessoa do outro lado terá dificuldades em escrevê-lo? Será necessário soletrar? Como nos casos acima, exceções existem – quem nunca teve problemas ao escrever Hyundai ou Volkswagen? Mas dado que você tem a liberdade de definir o nome que quiser, prefira composições com as letras esperadas para cada fonema. Embora as pessoas insistam em usar K, 2 L’s e Y, o nome “Calebe” é como se fala, da forma mais natural possível.

Um bom naming não é garantia de nada

Por melhor que seja seu nome, ele não será a diferença entre o sucesso e o fracasso do seu produto – você vai. Então, se você encontrou um nome bom, abrace-o e siga para investir tempo na elaboração de uma boa identidade visual, uma estratégia de negócio adequada e, principalmente, de um bom produto ou serviço.

Quer conversar mais sobre naming? Entre em contato conosco!